segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Boas práticas de comunicação


Comunicar é transmitir informação e receber informação, é dar conhecimento e receber conhecimento, é trocar e discutir ideologias e doutrinas, é influenciar e ser influenciado. Essa comunicação é frequentemente exercida sobre a forma de publicidade. A propaganda é fundamental para qualquer organização, seja ela institucional ou particular, para segmentos de produtos ou marca/produto específico. A publicidade pode consciencializar o consumidor dos seus benefícios ou malefícios, tendo sempre como objectivo satisfazer as necessidades humanas mesmo aquelas que serão menos prementes, através da venda do produto/serviço e aumento na participação de mercado.
A presença de imagens fortes, de alto contexto onde apenas uma simples frase enfatiza valores e necessidades sociais, conciencializam a população alertando-a para os perigos ou benefícios de determinado bem alimentar, assumem-se como fontes de comunicação boas e benéficas. Vejamos alguns exemplos:


Nestes spot's publicitários são feitos alertas à população para a conveniência da leitura dos rótulos dos produtos. Muitas vezes esses rótulos contém muita informação e importante sobre os benefícios e malefícios dos bens alimentares em causa, quais os seus nutrimentos e em que quantidades se encontram presentes, etc. No entanto, nem sempre esses rótulos são uma boa fonte de comunicação, pois omitem muita informação, ou então não se encontram facilmente disponíveis para o cidadão comum, nomeadamente pela falta de conhecimentos face aos termos técnicos utilizados ou, noutras situações, por se encontrarem ridigidos numa lingua que não a usual dessa comunidade.


A utilização de imagens apelativas, é uma técnica que se pode revelar extremamente importante para a passagem do código que se pretende transmitir. Como diz o ditado popular: "uma imagem vale por mil palavras", nesta situação a imagem é tão apelativa e incisiva que dispensa todo e qualquer conteúdo descritivo, como por exemplo, os presumiveis maleficios da ketchup, fazendo de uma forma compreensível para todos os cidadãos.



Más práticas de comunicação


Por outro lado, temos a publicidade que mostra sempre imagens felizes e agradáveis, como por exemplo: mulheres bonitas, jogadores famosos, alegria, muita cor e festividade.No entanto, esta publicidade oculta os aspectos negativos dos produtos em questão, tais como: o vício, a dependência, os malefícios para a saúde, qualidade de vida e bem estar social, fisico e psiquico, etc. Estas publicidades têm como objectivo primário o incremento da venda desses produtos independentemente dos seus maleficios para a saude e qualidade de vida das pessoas. Facilmente nos recordamos da publicidade ao tabaco ou a bebidas alcoólicas, ou a bens alimentares que contém grandes quantidades de gorduras ou de açucares. Belíssimas paisagens, desportos radicais, cowboys, a vida levada ao extremo, as festas, as modelos famosas, etc. Hoje, misturam-se essas questões com humor e elementos carismáticos, criando novos rumos da publicidade. É aqui que entra um marketing perigoso, que tem de ser explorado com cuidado, menos agressivo e incisivo.

Tal facto, hoje em dia, assume já um carácter amplo e complexo levando já alguns especialistas em nutrição a recomendaram à Comissão Europeia a adopção de legislação que restrinja ou proíba a publicidade a alimentos durante os programas televisivos dedicados às crianças e jovens.


Adriano e Lara

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Eventos

S.Martinho
No dia 11 de Novembro comemorou-se o S. Martinho e em todo o país se comeram castanhas das mais variadas formas. Esta tradição é já muito antiga mas nem por isso é esquecida. Todos os órgãos de comunicação social mencionaram as festas e encontros onde “se comiam as castanhas e provava o vinho novo”. Durante esta época à mesa dos portugueses encontra-se este fruto cru, cozido assado…

Diabetes
Na semana passada tivemos o dia da tão conhecida doença - diabetes. Os dias dedicados ás doenças são criados para alertar as populações das doenças que estão tão perto de nós. Por vezes, um descuido com a alimentação é o suficiente para o organismo ficar doente. Os órgãos de comunicação social alertaram para a importância de uma alimentação equilibrada e para a prática regular de exercício físico, como prevenção da diabetes, doença silenciosa (porque não dói), mas com consequências muito graves para a saúde do indivíduo. O número de doentes diabéticos está a aumentar de dia para dia e é necessário interromper esta tendência através da informação, da prevenção e da detecção de sinais de alerta para a doença.

Obesidade - Prevenção
Uma nova iniciativa do governo para o controlo desta doença passa pela colocação de “out-doors”pelas ruas do nosso país. A informação transmitida é muito simples e de fácil compreensão de modo a que chegue a toda a população. Esta campanha publicitária é muito importante pois revela a preocupação do país no controle e na prevenção da obesidade e das doenças a esta associadas.

Obesidade - Controlo
O governo revelou que vai patrocinar a 100% as cirurgias para colocação de bandas gástricas. Cada cirurgia custa cerca da 4500 euros e vão beneficiar a vida de milhares de portugueses que aguardavam a colocação das mesmas, tendo agora um acesso mais facilitado a esta cirurgia. Esta campanha permite controlar a obesidade em indivíduos que já tentaram outros métodos para perder peso, mas sem sucesso. Este tipo de medida é importante pois permite melhorar a qualidade de vida dos indivíduos obesos que podem agora controlar melhor o seu peso e melhorar a sua saúde ao melhorar os índices lipémicos, a tensão arterial e outras doenças relacionadas com a obesidade.

Futuro Transgénico?
A última notícia nos meios de comunicação social acerca deste tema menciona que investigadores estão a tentar criar plantas transgénicas ricas em ómega 3 e 6. Estas plantas serviriam de alimento aos animais tornando a carne destes mais rica em ómega 3 e 6. O Ser Humano beneficiaria destes elementos ao ingerir os animais em causa.

Adriano e Lara

domingo, 18 de novembro de 2007

Conhece quem comunica bem sobre alimentação tendo como objectivos de comunicação: Dar a conhecer; Fazer gostar do produto; Fazer agir …?

Se nos de debruçarmos profundamente sobre esta questão facilmente concluímos a sua elevada complexidade, as várias ramificações que lhe podemos atribuir, a diversidade de opiniões, os conflitos ideológicos inerentes, etc.
As questões éticas e morais readquiriram nos últimos tempos extraordinária actualidade. A sua presença gira nos diferentes contextos da vida social e em quase todos os domínios da actividade humana e, é um sinal forte do nosso tempo, uma marca profunda da modernização e do processo de desenvolvimento em curso. É neste contexto que, por exemplo, os anúncios publicitários têm evoluído de uma corrente estruturalista para uma corrente funcionalista ou mista.
O contributo da razão continuará a ser primordial no futuro da nossa sociedade. O Homem actual cada vez tem uma maior necessidade de saber o porquê; o porquê de ser assim; de entender porque é que determinado alimento está associado a determinada patologia ou a determinado benefício; como interage no organismo.
É esta necessidade do ser humano – o querer saber – que tem conduzido a uma informação mais precisa, correcta, mais informativa e menos especulativa.
É óbvio que nem toda a informação associada a determinado objecto, serviço ou bem, é sempre revelada, principalmente os aspectos negativos ou prejudiciais, primordialmente quando o objectivo final passa pela rentabilização de venda desse produto e essa informação é vinculada através de campanhas publicitárias.
Por outro lado, quando a informação é vinculada por entidades não adstritas a qualquer tipo de campanha ou manipulação essa é muito mais precisa, sendo apontados quer os aspectos positivos quer os negativos. A comunidade recebe uma informação desprovida de um interesse subjacente, mais precisa, correcta e não influenciada.
Principalmente no mundo ocidental, com a evolução da sociedade e das tecnologias, todos os elementos que operam nas áreas nutricionais/alimentares devem ter em consideração que a emancipação do homem não dispensa o recurso á razão do querer saber, sendo este o caminho para a sua sobrevivência económico-financeira.


Adriano e Lara

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

O que pensar?...

Analisando as mais diversas campanhas publicitárias e, dentro do conteúdo da corrente estruturalista/funcionalista/mista, e por outro lado considerando as restrições nacionais e internacionais (salvo alguns Estados), facilmente nos deparamos com campanhas publicitárias de incentivo ao consumo de tabaco. O que pensar sobre estas campanhas. Sendo claramente campanhas estruturalistas, nalgum ponto podem ser inseridas numa corrente funcionalista? O que pensar?...
Adriano e Lara
Corrente Estruturalista vs Corrente Funcionalista

Neste mundo da globalização, feito de conflitos e de antagonismos, de complementaridades e interdependências, de solidariedade e de convergências, de comunidade e mesmo de comunhão, da informação e dos multimédia, o Homo Sapiens é sujeito diariamente a uma constante troca de informação e impulso para o consumo.
É neste mundo global que os multimédia tentam influenciar diariamente o ser humano, e diga-se alcançando esse objectivo pois, por exemplo, ao nível da alimentação esta publicidade influencia as escolhas, as tendências para a aquisição de determinados produtos alimentares em detrimento de outros.
As campanhas publicitárias são direccionadas a públicos-alvo que vão desde o geral às minorias, dos mais jovens aos mais idosos, do sexo feminino ao sexo masculino, da etnia negra à etnia branca, da estatura mediana à estatura elevada, ou seja, a todo o tipo de grupos que se possam imaginar e que possam constituir presumíveis consumidores do produto em questão.
É neste contexto publicitário que decorrem duas correntes:
a) A corrente estruturalista que explora os factores culturais, sociais e psíquicos. O indivíduo que consumir determinado bem, neste caso alimentar, estará a projectar-se numa determinada comunidade, faixa etária, grupo, etc;


b) A corrente funcionalista que, ao nível alimentar, preocupa-se em focar os constituintes nutricionais do produto, os seus benefícios para a saúde, bem-estar físico, psíquico e social e a melhoria da qualidade de vida.














Numa primeira instância e apesar de não ser regra geral, podemos definir as duas correntes através dos diferentes tipos de rótulos e embalagem que os produtos alimentares apresentam. Enquanto a primeira, corrente estruturalista, faz uma aposta na imagem a segunda aposta na apresentação dos constituintes nutricionais benéficos do alimento.

No entanto, estas duas correntes têm vindo a convergir surgindo uma corrente mista, onde se procura enfatizar num produto alimentar a sua aceitação social e imagem aos seus constituintes benéficos para a saúde, bem-estar geral e melhoria da qualidade de vida.

Adriano e Lara

Campanha de Prevenção da Obesidade

A obesidade continua a dar que falar. Em todas as áreas se verifica uma crescente preocupação com o aumento da obesidade e os prejuízos para a saúde que lhe estão associados. A sociedade portuguesa de endocrinologia lançou uma campanha intitulada “não seja formiga”, com afixação de cartazes em instituições públicas tais como hospitais e centros de saúde.

É necessário chamar a atenção constante da população para este grave problema de saúde, começando-se assim a alterar hábitos alimentares e estilos de vida.


Adriano e Lara

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Dia Europeu da Obesidade e da Cozinha Saudável

Hoje, dia 8 de Novembro, comemora-se o dia Europeu da obesidade e da cozinha saudável. Este dia faz parte de uma campanha europeia de luta contra a obesidade e da implementação da adopção de estilos de vida saudáveis. A Comissão Europeia (CE) juntamente com a Euro-Toques, uma associação que reúne chefes e cozinheiros europeus, decidiram organizar uma iniciativa que conta com a disponibilidade dos cozinheiros para se reunirem com crianças de vários países e, assim, explicar como se cozinha e come de forma saudável.
A CE emitiu um comunicado onde informa acerca dos perigos associados à obesidade: «A obesidade infantil é um problema em rápido crescimento, havendo actualmente na Europa cerca de 22 milhões de crianças obesas. Além dos problemas de saúde e de socialização causados pela obesidade infantil, há também graves consequências a longo prazo, uma vez que geralmente as crianças obesas se tornam adultos obesos, o que constitui um risco acrescido de doenças cardiovasculares, diabetes de tipo 2, hipertensão, tromboses e certos tipos de cancro».
Adriano e Lara

sábado, 3 de novembro de 2007

Sabia que…


Sabia que os antioxidantes nos alimentos podem ajudar a proteger a pele?
Tendo por base essa ideologia um conjunto de investigadores decidiu realizar uma experiência, com o fim de apurar se determinados alimentos têm influência como neutralizadores dos radicais livres da pele provocados pela exposição à luz ultravioleta solar.
A exposição à luz ultravioleta solar origina um acumular de radicais livres da pele, contribuindo para o aspecto de envelhecimento das pessoas. Relembre-se que a acumulação de radicais livres em todo o organismo é apontada como a principal causa do envelhecimento humano.
Sabendo por outro lado que, cientificamente, o licopeno é uma substância neutralizadora dos radicais livres da pele provocados pela exposição à luz ultravioleta solar, decidiram os investigadores administrar, por um período de 3 meses, essa substância a uma pessoa.
Para o efeito entre várias pessoas voluntárias seleccionaram uma do sexo feminino e a qual apresentava uma pele muito sensível à exposição solar. A região costal dessa pessoa foi submetida a um aparelho que produzia pequenos focos de luz ultravioleta semelhante à luz solar. Este teste provocou pequenas manchas vermelhas (queimaduras), tendo os investigadores avaliado o seu grau e determinado a sua área.
Sendo o tomate o alimento natural que contém a maior percentagem de licopeno, após o primeiro teste, foi administrada diariamente e por um período de três meses 56 gramas de pasta de tomate.
Após os três meses voltou-se novamente a submeter essa pessoa ao aparelho que produzia os pequenos focos de luz ultravioleta, em condições semelhantes. Mais uma vez, este provocou pequenas manchas vermelhas (queimaduras). Quando os investigadores foram avaliar o grau e determinar a área dessas manchas, feita a comparação com o 1º teste, confirmaram que estas tinham-se reduzido em 1/3 ou seja 30%.
Daqui permite-nos concluir que o uso diário de tomate (licopeno) reduz a queimadura solar dando um aspecto saudável e belo à pele humana, impedindo o acumular de radicais livres provocados pela exposição à luz ultravioleta, e o qual pode ser facilmente conseguido com a ingestão de alimentos ricos em licopeno, como por o exemplo o tomate.

Adriano e Lara


Poderão as bagas (morangos) melhorar a capacidade de memória?
Existem alguns estudos que indiciam que as bagas podem melhorar a capacidade de memória, pelo facto de conterem uma substância que induz tal efeito. Essa substância contida nas bagas e que presumivelmente conduzirá à melhoria da capacidade de memória é designada por “autocianinas”. As “autocianinas” presentes em alimentos como, por exemplo, os morangos, permitiriam inibir/erradicar a acumulação de radicais livres.
Sabendo que com o incremento da idade dos indivíduos existe o acumular de radicais livres, os quais provocam danos na capacidade de memória, pois afectam as células cerebrais e, partindo do principio que as “autocianinas” auxiliam na inibição/erradicação desses radicais livres, um grupo de cientistas decidiu realizar uma experiência.
No âmbito dessa experiência foram previamente seleccionados dois grupos de idosos separados geograficamente (um grupo constituído por cidadãos americanos sito nos Estados Unidos da América e outro com cidadãos ingleses sito na Inglaterra). Por um período mensal foi ministrado, diariamente, a ambos os grupos uma determinada porção de morangos.
Ao longo desse período foi realizado um conjunto de testes informatizados para verificar a capacidade de memória, a capacidade de aprendizagem e o tempo de reacção.
No final do período experimental foram extraídos e analisados a totalidade de resultados, concluindo-se que esses resultados eram pouco significativos, não ficando cientificamente provado que a ingestão de bagas (autocianinas) conduz a uma melhoria da capacidade de memória. Justificando tal conclusão, contribuiu o facto de alguns dos indivíduos não manifestarem qualquer melhoria nos resultados.

Adriano e Lara


Será que a ingestão de 2 litros de água por dia melhora a pele? Esta ficará mais hidratada?
Alguns cidadãos acreditam que a ingestão de 2 litros de água diariamente contribui preponderantemente para uma pele saudável, bonita e hidratada. Partindo desse princípio, um grupo de cientistas decidiu realizar um estudo. Para tal foram seleccionadas duas jovens gémeas. Antes de iniciarem o estudo foi medida a humidade, elasticidade e oleosidade da pele. Após a realização dessas medições foi determinada que uma das jovens iria consumir diariamente 2 litros de água, para além de outra água proveniente dos alimentos ou outras bebidas, como por exemplo do chá, enquanto a outra participante não podia consumir qualquer água - a sua ingestão de água apenas poderia ser proveniente dos alimentos e outras bebidas que não água.
Apesar de alguma dificuldade inicial por parte da jovem que não podia consumir água, pois habitualmente consumia aproximadamente 1,5 litros, esta decorreu sem qualquer incidente, sendo cumprida escrupulosamente.
Ao fim de 5 dias voltou-se novamente a efectuar a medição de humidade, oleosidade e elasticidade da pele das duas jovens verificando-se que não ocorreu qualquer mudança significativa nessas características.
Deste estudo os cientistas concluíram que o corpo humano tem capacidade para extrair a água dos alimentos sem haver a necessidade da ingestão pura de água, constituindo a ingestão diária de 2 litros de água um mito, no que concerne na melhoria e hidratação da pele.

Adriano e Lara


Porque razão o vinho tinto faz bem ao coração? Qual o componente no vinho que aumenta a flexibilidade das artérias?
Estando cientificamente comprovado que o vinho tinto, nas proporções adequadas, faz bem ao coração, qual o componente que desempenha tal função? Tendo em vista confirmar e apurar qual era essa substância um grupo de cientistas levou a cabo uma experiência. Para tal foram seleccionados três indivíduos sendo ministrado ao primeiro dois copos de vinho, ao segundo uma quantidade de vodka misturada com água, para garantir a mesma quantidade de álcool que o primeiro tinha ingerido e ao terceiro um copo de sumo de uva.
Antes de iniciar a experiência a cada indivíduo foi medida a flexibilidade das suas artérias.
Quando o primeiro indivíduo ingeriu os dois copos de vinho tinto e foi submetido a nova medição da flexibilidade arterial, constatou-se que a flexibilidade das suas artérias tinha aumentado.
Quando o segundo indivíduo ingeriu o copo de vodka e foi submetido a nova medição da flexibilidade arterial, constatou-se que a flexibilidade das artérias tinha aumentado, no entanto, sem atingir uma percentagem tão elevada como no primeiro indivíduo. Recorde-se que a quantidade de álcool era igual.
Da comparação dos dois primeiros indivíduos e sabendo que o álcool aumenta a flexibilidade das artérias, então a que se deve a diferença percentual? Que outras substâncias tem o vinho que não a vodka para provocar essa maior flexibilidade?
Sabe-se que o vinho tinto para além do álcool tem outras componentes que previnem as doenças cardiovasculares. Essas substâncias são os “polifenois”. Assim, o terceiro indivíduo ingeriu um copo de sumo de uvas (rico em polifenois) e sem álcool, tendo-se de seguida realizado a medição. Este apresentou uma elevada flexibilidade arterial, em muito superior à apresentada pelos outros dois indivíduos. Isso permite concluir que os “polifenois” são mais eficazes do que o álcool para relaxar as artérias, prevenindo dessa forma as doenças cardiovasculares. Deve-se pois, ingerir diariamente uma pequena porção de vinho tinto, já que esta bebida é rica em “polifenois”.

Adriano e Lara


Poderão os espinafres, couves, kiwi, entre outros prevenir a degeneração macular?
A exposição contínua à luz solar, acompanhada com o envelhecimento dos indivíduos pode conduzir a uma doença designada por “degeneração macular”.
A mácula é um constituinte ocular e que possui uma superfície muito sensível protegida por um pigmento amarelo. Com o envelhecimento e a exposição solar abusiva esse pigmento é afectado, conduzindo a uma doença designada por “degeneração macular”, a qual pode evoluir até à perda total da visão.
O pigmento amarelo protector da mácula é constituído por uma substância designado por “lutina”. A “lutina” encontra-se em alimentos como espinafres, couves, kiwis, gema de ovo, entre outros.
Partindo deste conceito, um grupo de cientista, decidiu-se por fazer uma experiência a fim de verificar se o consumo habitual de alimentos portadores de “lutina” podem prevenir ou melhorar a “degeneração macular”.
Tendo sido seleccionado um grupo de pessoas, a estas era ministrado diariamente e por um período de 6 meses, 100 gramas de espinafres. Antes de iniciarem essa suplementação dietética, esse grupo de indivíduos foi submetido a um conjunto de testes, a fim de determinar, individualmente, qual a sua capacidade de visão.
No final, foi realizada uma nova bateria de testes vindo-se a constatar que o grupo tinha, em média, melhorado 19% a sua capacidade visual. Provou-se que os alimentos que possuem “lutina” protegem os indivíduos contra a perda de visão, e combatem a degeneração macular conduzindo dessa forma para uma melhoria da qualidade de vida.

Adriano e Lara


Uma dieta de desintoxicação pode ajudar a remover as toxinas?
No nosso quotidiano, o organismo vai acumulando toxinas, as quais conduzem ao envelhecimento. Estando o envelhecimento associado com o acumular de radicais livres, os quais causam estragos nas nossas células, inclusive ao nível do DNA, a remoção desses poderia prevenir o envelhecimento?
Partindo desse pressuposto, um grupo de cientistas decidiu realizar um teste. Para tal seleccionou 10 indivíduos do sexo feminino. Estes elementos, antes de iniciarem a experiência tiveram uma alimentação abusiva, rica em calorias, com a ingestão por exemplo de álcool em excesso e alimentos prejudiciais (alimentos ricos em gorduras trans, etc).
Após essa alimentação desregrada essas jovens foram divididas em 2 grupos de 5 elementos cada. Enquanto o primeiro grupo foi submetido a uma dieta de desintoxicação (só comiam vegetais e frutos, não podiam ingerir chocolate, batatas fritas, carnes vermelhas, cafeína, álcool) o outro grupo prosseguiu com uma dieta normal (grupo de controle).
Com a separação dos grupos e a administração das diferentes dietas procurava-se determinar, após uma semana se as 5 raparigas que foram submetidas à dieta de desintoxicação tinham libertado as suas toxinas. Para tal, antes de iniciarem o programa, os dois grupos foram sujeitos a uma recolha de urina, a fim de determinar o número de toxinas libertadas.
Após iniciarem as dietas, a ambos os grupos e diariamente, era feita a recolha de urina a fim de determinar o número de toxinas libertadas.
Tendo terminado a experiência, ao fim de uma semana, e analisados os resultados provenientes das urinas conclui-se que a dieta de desintoxicação não tinha produzido qualquer efeito, pois os valores mantiveram-se iguais àqueles apresentados inicialmente e idênticos entre os dois grupos, apesar da dieta ser diferente.
Isto veio provar que a variação das dietas não vai acelerar o processo de desintoxicação, permitindo concluir que o fígado e o rim, principais órgãos envolvidos na desintoxicação, não necessitam de descanso tendo uma taxa de metabolização constante. Uma dieta de desintoxicação não melhora os processos de desintoxicação naturais.

Adriano e Lara

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O Nutricionista – comunicador


Entende-se por nutricionista o profissional com formação universitária que, trabalha no âmbito das Ciências da Nutrição e Alimentação, fazendo o estudo, orientação e vigilância da nutrição e alimentação e intervindo nos domínios da adequação, qualidade e segurança alimentar com o objectivo da promoção da saúde, prevenção e tratamento da doença.
Na relação que o nutricionista estabelece com paciente, mais do que perceber presumíveis doenças, há que entender a pessoa, com queixas, mas também com crenças e expectativas. Chegar ao que não é expresso abertamente é o que faz o dom do nutricionista.
Sabendo-se que a comunicação é tão importante, como os conhecimentos técnicos nutricionais, introduzir na aprendizagem dos profissionais das ciências da nutrição competências relacionais ensináveis seria um passo gigante para essa valia. A necessidade de um modelo interactivo, onde seja estimulado e praticado o encontro, a colheita de informação, a compreensão partilhada/tomada de decisão.
O fase do encontro não se deve resumir ao cumprimento bem-educado, pois há muita informação que é incorporada no inicio do encontro (“quebrar o gelo”). O encontro começa pela disponibilidade para receber mais uma pessoa com os seus problemas e questões e o nutricionista, de mente liberta, do cidadão anterior, para a ouvir com atenção e interesse.
A colheita de informação é a fase primordial. Deixar o cidadão expressar livremente as suas opiniões, questões e preocupações. Estar com atenção à comunicação verbal e não verbal do doente e com congruência da parte do nutricionista, poder-se-á conhecer a pessoa. Esta colheita irá permitir ao nutricionista, realizar uma boa avaliação, um bom diagnóstico, responder compreensivelmente ás questões, esclarecer dúvidas, perceber crenças e hábitos alimentares. Compartilhar a informação é, não só dá-la adequadamente, de acordo com as necessidades de cada um, como certificar-se de que foi compreendida.
O nutricionista deve receber o utente com disponibilidade física e mental, num ambiente tranquilo, sem interrupções, colhendo a informação e compatibilizando-a tendo em vista um diagnóstico acertado, com as preocupações e crenças do cidadão e depois de conjugar a informação compartilhá-la de modo perceptível com o utente. No espaço em que o nutricionista actua, frequentemente há necessidade de mudar estilos de vida, adaptar dietas e hábitos alimentares de acordo com o dia a dia de trabalho e vida de família do utente.
O nutricionista deve ter sempre presente que quando o utente abandona a “consulta” deve saber mais sobre ele, como pessoa, do que antes de esse ter entrado no gabinete e que o utente quando se dirigiu ao seu gabinete vai à procura de alguém que lhe diga, faça isto ou aquilo.
Depois, com o prosseguimento das sessões, acaba-se por estabelecer uma estreita relação entre o nutricionista e o cidadão, tornando a troca de informação fluente e eficiente.
É nesta vertente que o nutricionista pode ser imparcial sobre aquilo que comunica, na ligação dinâmica nutricionista-cidadão. Sempre que o nutricionista estiver ligado contratualmente a alguma entidade pública ou privada em que existam outros interesses em causa este não fará uma comunicação na sua totalidade isenta, pois essa estará sempre inferida pela prossecução dos objectivos destacados por essas entidades. Por outro lado, o nutricionista ao comunicar, inconscientemente, acaba por vezes por transmitir os seus preconceitos, podendo assim inferir de imprecisão o código que pretende expôr.
É perante esta realidade conjuntural que o nutricionista e todos aqueles que produzem ciência se deparam, que torna extremamente dificil a prossecução da imparcialidade, no entanto, cremos que através de planos e modelos previamente bem definidos e, de uma boa relação nutricionista-utente tal é possivel alcançar.

Adriano e Lara

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Um exemplo de como a comunicar se pode aprender e alterar hábitos alimentares


Recentemente (14 de Outubro de 2007), foi transmitido um programa n RTP2, o qual revelou um estudo feito nos Estados Unidos da América. Esse estudo demonstrou que um individuo com uma dieta rica em lacticínios, sobretudo leite magro e iogurte, apresentava nas suas fezes o dobro da gordura que indivíduos com uma dieta pobre em lacticínios, tratando-se portanto de uma forma para perder peso. O estudo foi feito com o cuidado de variarem somente os lacticínios na dieta. Isto é, tiveram o cuidado de seleccionar as refeições de modo a terem a mesma quantidade de gordura e de calorias, variando apenas a quantidade de lacticínios ingeridos.
Este estudo veio provar que é possível com a simples alteração de uma das componentes alimentares prevenir/combater uma das principais causas de diversas patologias, como por exemplo a diabetes, a hipertensão arterial, a aterosclerose, etc.
Regularmente assistimos a programas sobre a importância da alimentação. Estes programas permitem à população reflectir sobre as suas escolhas alimentares e alterar os seus hábitos alimentares (pelo menos de alguns). É importante fornecer informação à população, por forma a esta ter conhecimento sobre os seus hábitos alimentares, podendo assim alterá-los/corrigi-los para dietas mais saudáveis.

Adriano e Lara
Porque temos necessidade de comunicar sobre o que comemos?

O Homem, como expoente máximo da cadeia alimentar, desde sempre comunicou sobre quais os alimentos que ingeria e como os ingeria.
Entendendo-se, cientificamente, por alimento as substâncias que, submetidas ao estômago, podem ser animalizadas pela digestão e reparar as perdas sofridas pelo corpo humano nas actividades da vida, torna-se compreensível então o facto do Homem comunicar sobre quais os alimentos que ingere. Comunica sobre os que são mais benéficos ou aqueles que serão menos benéficos, ou até, sobre aqueles que são tóxicos.
O Homem ao ter necessidade de comunicar sobre o que comemos acaba por estabelecer relações estruturais entre as diversas populações, comunidades, regiões, continentes.
O silogismo “Diz-me o que comes e te direi quem és”, que podemos encontrar em Aforismos (IV). in: A fisiologia do gosto, Braillet-Savarin, 1826; traduz de uma forma muito simples uma das possíveis razões do porquê de termos necessidade de comunicar.
A necessidade de comunicar sobre o que comemos permite estabelecer:
a) Relações pessoais;
b) Demonstrar a natureza e extensão das relações;
c) Modificar hábitos e comportamentos alimentares;
d) Estabelecer e comparar padrões alimentares;
e) Identificar alimentos benéficos/alimentos prejudiciais;
f) Identificar e prevenir patologias com origem na alimentação;
g) Identificar ideologias alimentares;
h) …
Obviamente, a forma como comunicamos sobre o que comemos pode ser exercida das mais diversas formas. A forma como comunicamos é exercida diariamente, desde as acções mais passivas até àquelas de carácter mais agressivo. Neste espaço surge a indústria do marketing/publicidade alimentar que explora e desenvolve as mais diversas conjunturas, visando dessa forma atingir determinados objectivos ao influenciar o quotidiano alimentar do homem.
Como resultado desta actividade, muitas das vezes, determinados hábitos alimentares saudáveis são alterados para hábitos alimentares prejudiciais para a saúde humana, pois a comunicação exercida pelas empresas de marketing/publicidade visam promover determinados produtos a fim de atingir o seu objectivo final (máximo lucro), não tendo em consideração esses produtos, os nutrimentos essenciais e as quantidades adequadas para a saúde humana.
Actualmente, perante uma sociedade globalizada e mediatizada o homem é confrontado diariamente com aspectos alimentares, os quais vão desde a apresentação/publicidade de produtos até às campanhas de sensibilização/esclarecimento sobre as interacções alimentares na saúde humana onde, nestas últimas, o nutricionista pode e deve ter um papel preponderante.
A disponibilização de informação ao cidadão sobre as interacções alimentares na saúde humana deve ser efectuada de uma forma racional e apoiada em estudos científicos, por forma a ser credível e acolher uma boa receptividade por parte da sociedade, pois o objectivo final é prevenir a doença e promover a saúde conduzindo dessa forma a uma melhoraria da qualidade de vida.

Adriano e Lara

sábado, 13 de outubro de 2007

"Obesidade"

Em Abril de 2007, através da rede nacional de farmácias, foi lançada uma campanha de prevenção contra a obesidade.
A elaboração de campanhas em farmácias é muito importante, pois é um local de grande afluência por parte dos cidadãos e goza junto da opinião pública de grande credibilidade, pois o cidadão nacional ainda deposita grande confiança no seu farmacêutico e considera a informação proveniente dessas entidades precisa, relevante e credível.
A forma mais eficaz encontrada para fazer chegar esta campanha junto do público foi a distribuição de prospectos gratuitos, de fácil acesso nos balcões das farmácias. Mais se informa que esta campanha ainda está a decorrer.
Por outro lado, nunca é de mais informar/instruir/relembrar a população sobre os problemas inerentes à obesidade, tais como: hipertensão arterial, colesterol elevado, doença coronária, diabetes tipo II, osteoartrite, apneia do sono, alguns tipos de cancro, etc.
Embora esta campanha, na nossa opinião, para além dos argumentos já apresentados, visar também o aumento de receitas monetárias através da venda de medicamentos e outros produtos efectuados nesses locais, a informação que acaba por ser transmitida às populações assume, no nosso ponto de vista, um cariz primordial pelo aspecto informativo e preventivo que pode assumir.



"Farmácia Saúde"

Aproveitando o facto de estarmos a falar sobre esta campanha publicitária a decorrer na rede nacional de farmácias, apresentamos a revista “Farmácia Saúde”distribuída gratuitamente, também por esse tipo de estabelecimento.
Esta revista é mensal e entre os vários assuntos abordados, existem sempre alguns temas relacionados com a alimentação humana. Na revista de Setembro de 2007 podemos encontrar alguns temas que fazem alocuções directas aos alimentos e à alimentação, os quais passamos a discriminar:
- Anemia: a importância do ferro; quais as causas da anemia; importância da alimentação para a prevenção da anemia; alimentos ricos em ferro, vitamina B12 e ácido fólico;
- Probióticos: é apresentada uma explicação sucinta da acção bacteriana a nível intestinal e da acção dos probióticos na mesma,
- Alimentos biológicos: é feita uma referência às práticas agrícolas usadas neste tipo de alimentos; refere qual a importância de serem alimentos naturais, amigos do ambiente e da saúde. Dá relevância ao facto de estes alimentos serem cultivados em solos equilibrados por fertilizantes naturais, sem o uso de pesticidas químicos e onde as suas características organoléticas estão bem definidas com aroma e sabor dos alimentos processados.
Esta revista é uma, de entre várias, que mensalmente vai divulgando temas actuais, tendo como pano de fundo a prevenção e a melhoria da saúde pública, tornando-se num bom elemento informativo para os cidadãos sem implicar qualquer custo por parte deste.

Adriano e Lara

Olá,


Este blog pertence à Lara e ao Adriano, alunos do 4.º ano do curso de Ciências da Nutrição da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto. O Blog foi construído no âmbito da disciplina de Comunicação deste curso.
Neste blog vamos tentar apresentar algumas informações acerca da importância da alimentação para a saúde das populações e publicitar algumas campanhas actuais para a prevenção de doenças relacionadas com a importância dos alimentos.
Estando este blog associado à disciplina, obviamente, também será apresentada a nossa opinião sobre os diversos assuntos que os docentes semanalmente vão projectando para discussão.
Adriano e Lara

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Adriano Ferreira da Rocha
Lara Iolanda Valente de Sousa Santos