quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O Nutricionista – comunicador


Entende-se por nutricionista o profissional com formação universitária que, trabalha no âmbito das Ciências da Nutrição e Alimentação, fazendo o estudo, orientação e vigilância da nutrição e alimentação e intervindo nos domínios da adequação, qualidade e segurança alimentar com o objectivo da promoção da saúde, prevenção e tratamento da doença.
Na relação que o nutricionista estabelece com paciente, mais do que perceber presumíveis doenças, há que entender a pessoa, com queixas, mas também com crenças e expectativas. Chegar ao que não é expresso abertamente é o que faz o dom do nutricionista.
Sabendo-se que a comunicação é tão importante, como os conhecimentos técnicos nutricionais, introduzir na aprendizagem dos profissionais das ciências da nutrição competências relacionais ensináveis seria um passo gigante para essa valia. A necessidade de um modelo interactivo, onde seja estimulado e praticado o encontro, a colheita de informação, a compreensão partilhada/tomada de decisão.
O fase do encontro não se deve resumir ao cumprimento bem-educado, pois há muita informação que é incorporada no inicio do encontro (“quebrar o gelo”). O encontro começa pela disponibilidade para receber mais uma pessoa com os seus problemas e questões e o nutricionista, de mente liberta, do cidadão anterior, para a ouvir com atenção e interesse.
A colheita de informação é a fase primordial. Deixar o cidadão expressar livremente as suas opiniões, questões e preocupações. Estar com atenção à comunicação verbal e não verbal do doente e com congruência da parte do nutricionista, poder-se-á conhecer a pessoa. Esta colheita irá permitir ao nutricionista, realizar uma boa avaliação, um bom diagnóstico, responder compreensivelmente ás questões, esclarecer dúvidas, perceber crenças e hábitos alimentares. Compartilhar a informação é, não só dá-la adequadamente, de acordo com as necessidades de cada um, como certificar-se de que foi compreendida.
O nutricionista deve receber o utente com disponibilidade física e mental, num ambiente tranquilo, sem interrupções, colhendo a informação e compatibilizando-a tendo em vista um diagnóstico acertado, com as preocupações e crenças do cidadão e depois de conjugar a informação compartilhá-la de modo perceptível com o utente. No espaço em que o nutricionista actua, frequentemente há necessidade de mudar estilos de vida, adaptar dietas e hábitos alimentares de acordo com o dia a dia de trabalho e vida de família do utente.
O nutricionista deve ter sempre presente que quando o utente abandona a “consulta” deve saber mais sobre ele, como pessoa, do que antes de esse ter entrado no gabinete e que o utente quando se dirigiu ao seu gabinete vai à procura de alguém que lhe diga, faça isto ou aquilo.
Depois, com o prosseguimento das sessões, acaba-se por estabelecer uma estreita relação entre o nutricionista e o cidadão, tornando a troca de informação fluente e eficiente.
É nesta vertente que o nutricionista pode ser imparcial sobre aquilo que comunica, na ligação dinâmica nutricionista-cidadão. Sempre que o nutricionista estiver ligado contratualmente a alguma entidade pública ou privada em que existam outros interesses em causa este não fará uma comunicação na sua totalidade isenta, pois essa estará sempre inferida pela prossecução dos objectivos destacados por essas entidades. Por outro lado, o nutricionista ao comunicar, inconscientemente, acaba por vezes por transmitir os seus preconceitos, podendo assim inferir de imprecisão o código que pretende expôr.
É perante esta realidade conjuntural que o nutricionista e todos aqueles que produzem ciência se deparam, que torna extremamente dificil a prossecução da imparcialidade, no entanto, cremos que através de planos e modelos previamente bem definidos e, de uma boa relação nutricionista-utente tal é possivel alcançar.

Adriano e Lara

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Um exemplo de como a comunicar se pode aprender e alterar hábitos alimentares


Recentemente (14 de Outubro de 2007), foi transmitido um programa n RTP2, o qual revelou um estudo feito nos Estados Unidos da América. Esse estudo demonstrou que um individuo com uma dieta rica em lacticínios, sobretudo leite magro e iogurte, apresentava nas suas fezes o dobro da gordura que indivíduos com uma dieta pobre em lacticínios, tratando-se portanto de uma forma para perder peso. O estudo foi feito com o cuidado de variarem somente os lacticínios na dieta. Isto é, tiveram o cuidado de seleccionar as refeições de modo a terem a mesma quantidade de gordura e de calorias, variando apenas a quantidade de lacticínios ingeridos.
Este estudo veio provar que é possível com a simples alteração de uma das componentes alimentares prevenir/combater uma das principais causas de diversas patologias, como por exemplo a diabetes, a hipertensão arterial, a aterosclerose, etc.
Regularmente assistimos a programas sobre a importância da alimentação. Estes programas permitem à população reflectir sobre as suas escolhas alimentares e alterar os seus hábitos alimentares (pelo menos de alguns). É importante fornecer informação à população, por forma a esta ter conhecimento sobre os seus hábitos alimentares, podendo assim alterá-los/corrigi-los para dietas mais saudáveis.

Adriano e Lara
Porque temos necessidade de comunicar sobre o que comemos?

O Homem, como expoente máximo da cadeia alimentar, desde sempre comunicou sobre quais os alimentos que ingeria e como os ingeria.
Entendendo-se, cientificamente, por alimento as substâncias que, submetidas ao estômago, podem ser animalizadas pela digestão e reparar as perdas sofridas pelo corpo humano nas actividades da vida, torna-se compreensível então o facto do Homem comunicar sobre quais os alimentos que ingere. Comunica sobre os que são mais benéficos ou aqueles que serão menos benéficos, ou até, sobre aqueles que são tóxicos.
O Homem ao ter necessidade de comunicar sobre o que comemos acaba por estabelecer relações estruturais entre as diversas populações, comunidades, regiões, continentes.
O silogismo “Diz-me o que comes e te direi quem és”, que podemos encontrar em Aforismos (IV). in: A fisiologia do gosto, Braillet-Savarin, 1826; traduz de uma forma muito simples uma das possíveis razões do porquê de termos necessidade de comunicar.
A necessidade de comunicar sobre o que comemos permite estabelecer:
a) Relações pessoais;
b) Demonstrar a natureza e extensão das relações;
c) Modificar hábitos e comportamentos alimentares;
d) Estabelecer e comparar padrões alimentares;
e) Identificar alimentos benéficos/alimentos prejudiciais;
f) Identificar e prevenir patologias com origem na alimentação;
g) Identificar ideologias alimentares;
h) …
Obviamente, a forma como comunicamos sobre o que comemos pode ser exercida das mais diversas formas. A forma como comunicamos é exercida diariamente, desde as acções mais passivas até àquelas de carácter mais agressivo. Neste espaço surge a indústria do marketing/publicidade alimentar que explora e desenvolve as mais diversas conjunturas, visando dessa forma atingir determinados objectivos ao influenciar o quotidiano alimentar do homem.
Como resultado desta actividade, muitas das vezes, determinados hábitos alimentares saudáveis são alterados para hábitos alimentares prejudiciais para a saúde humana, pois a comunicação exercida pelas empresas de marketing/publicidade visam promover determinados produtos a fim de atingir o seu objectivo final (máximo lucro), não tendo em consideração esses produtos, os nutrimentos essenciais e as quantidades adequadas para a saúde humana.
Actualmente, perante uma sociedade globalizada e mediatizada o homem é confrontado diariamente com aspectos alimentares, os quais vão desde a apresentação/publicidade de produtos até às campanhas de sensibilização/esclarecimento sobre as interacções alimentares na saúde humana onde, nestas últimas, o nutricionista pode e deve ter um papel preponderante.
A disponibilização de informação ao cidadão sobre as interacções alimentares na saúde humana deve ser efectuada de uma forma racional e apoiada em estudos científicos, por forma a ser credível e acolher uma boa receptividade por parte da sociedade, pois o objectivo final é prevenir a doença e promover a saúde conduzindo dessa forma a uma melhoraria da qualidade de vida.

Adriano e Lara

sábado, 13 de outubro de 2007

"Obesidade"

Em Abril de 2007, através da rede nacional de farmácias, foi lançada uma campanha de prevenção contra a obesidade.
A elaboração de campanhas em farmácias é muito importante, pois é um local de grande afluência por parte dos cidadãos e goza junto da opinião pública de grande credibilidade, pois o cidadão nacional ainda deposita grande confiança no seu farmacêutico e considera a informação proveniente dessas entidades precisa, relevante e credível.
A forma mais eficaz encontrada para fazer chegar esta campanha junto do público foi a distribuição de prospectos gratuitos, de fácil acesso nos balcões das farmácias. Mais se informa que esta campanha ainda está a decorrer.
Por outro lado, nunca é de mais informar/instruir/relembrar a população sobre os problemas inerentes à obesidade, tais como: hipertensão arterial, colesterol elevado, doença coronária, diabetes tipo II, osteoartrite, apneia do sono, alguns tipos de cancro, etc.
Embora esta campanha, na nossa opinião, para além dos argumentos já apresentados, visar também o aumento de receitas monetárias através da venda de medicamentos e outros produtos efectuados nesses locais, a informação que acaba por ser transmitida às populações assume, no nosso ponto de vista, um cariz primordial pelo aspecto informativo e preventivo que pode assumir.



"Farmácia Saúde"

Aproveitando o facto de estarmos a falar sobre esta campanha publicitária a decorrer na rede nacional de farmácias, apresentamos a revista “Farmácia Saúde”distribuída gratuitamente, também por esse tipo de estabelecimento.
Esta revista é mensal e entre os vários assuntos abordados, existem sempre alguns temas relacionados com a alimentação humana. Na revista de Setembro de 2007 podemos encontrar alguns temas que fazem alocuções directas aos alimentos e à alimentação, os quais passamos a discriminar:
- Anemia: a importância do ferro; quais as causas da anemia; importância da alimentação para a prevenção da anemia; alimentos ricos em ferro, vitamina B12 e ácido fólico;
- Probióticos: é apresentada uma explicação sucinta da acção bacteriana a nível intestinal e da acção dos probióticos na mesma,
- Alimentos biológicos: é feita uma referência às práticas agrícolas usadas neste tipo de alimentos; refere qual a importância de serem alimentos naturais, amigos do ambiente e da saúde. Dá relevância ao facto de estes alimentos serem cultivados em solos equilibrados por fertilizantes naturais, sem o uso de pesticidas químicos e onde as suas características organoléticas estão bem definidas com aroma e sabor dos alimentos processados.
Esta revista é uma, de entre várias, que mensalmente vai divulgando temas actuais, tendo como pano de fundo a prevenção e a melhoria da saúde pública, tornando-se num bom elemento informativo para os cidadãos sem implicar qualquer custo por parte deste.

Adriano e Lara

Olá,


Este blog pertence à Lara e ao Adriano, alunos do 4.º ano do curso de Ciências da Nutrição da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto. O Blog foi construído no âmbito da disciplina de Comunicação deste curso.
Neste blog vamos tentar apresentar algumas informações acerca da importância da alimentação para a saúde das populações e publicitar algumas campanhas actuais para a prevenção de doenças relacionadas com a importância dos alimentos.
Estando este blog associado à disciplina, obviamente, também será apresentada a nossa opinião sobre os diversos assuntos que os docentes semanalmente vão projectando para discussão.
Adriano e Lara

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Adriano Ferreira da Rocha
Lara Iolanda Valente de Sousa Santos